Depois do registro de duas mortes de pacientes que aguardavam atendimento na Santa Casa de Alfenas, a direção da entidade anunciou mudanças. A principal delas é melhorar a agilidade no preenchimento do cadastro em casos de urgência e emergência.
Duas pessoas morreram na fila de atendimento na Santa Casa de Alfenas. Os dois casos aconteceram no dia 9 de maio, com intervalo de uma hora entre a primeira e a segunda morte e o problema, segundo as famílias, foi a demora para fazer os cadastros de internação.
O caso será apurado por autoridades de saúde. De acordo com a integrante do órgão e também da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Carmem Esteves, as primeiras medidas já foram tomadas. “O caso já foi encaminhado à Secretaria Municipal de Saúde e a comissão vai verificar se houve negligência. Caso tenha acontecido os responsáveis podem ser advertidos verbalmente, por escrito ou até mesmo serem afastados”, pontuou.
O delegado regional, Celso Ávila Prada, comentou que já foram feitos novos levantamentos sobre os casos e todos os envolvidos também foram intimados para prestar depoimentos na próxima semana.
Mudanças no hospital
Por dia, 150 pacientes são atendidos na Santa Casa de Alfenas e de acordo com o diretor clínico do hospital, Boaventura Passos Vinhas, o serviço de atendimento precisa mudar. “Vamos ter um treinamento para agilizar o atendimento de quem chega, especialmente nos casos de urgência e emergência”, disse.
Sobre os casos das mortes, o diretor explica também que medidas já foram tomadas. “O Conselho de Ética vai apurar os dois casos e se houve negligência, o que eu acredito que não tenha acontecido, os responsáveis serão punidos”, acrescentou.
Já o secretário municipal de Saúde, Cleuber Rocha disse, por telefone, que aguarda o fim das investigações da polícia para tomar alguma providência. A Secretaria de Saúde tem 15 dias para responder a denúncia encaminhada pelo Consepa.
Os casos
As duas mortes aconteceram no dia 9 de maio. O aposentado Geraldo Alvarenga da Silva tinha 65 anos e aguardou 40 minutos na porta do hospital para ser atendido. Ele sofria de insuficiência respiratória.
Já a dona de casa Clotilde Teodoro, de 87 anos, morreu com pneumonia e falta de ar enquanto aguardava a confecção da ficha de internação.
No hospital, o procedimento é que cada novo paciente preencha uma ficha denominada acolhimento de risco, o que demora cerca de cinco minutos. Entretanto, segundo a administração do hospital, esta regra não se aplica aos casos de emergência.
Fonte: G1 Sul de Minas
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