Pelo menos 20 políticos
em Minas podem ter se tornado inelegíveis com a validação da Lei Ficha
Limpa pelo Supremo Tribunal Federal (STF) ontem. Eles já tiveram
problemas com o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MG) ao registrar a
candidatura para as eleições 2010, quando ainda havia dúvidas sobre a
aplicação da lei que bane políticos condenados por órgãos colegiados.
Com a decisão do Supremo de não aplicar a norma no último pleito, alguns
acabaram tendo seus votos contabilizados, chegando até a ocupar cargos
para os quais concorreram, caso do deputado estadual Pedro Ivo Caminhas
(PP), o Pinduca. Se não houve novas decisões favoráveis a eles nos
processos em que são réus de lá para cá, eles não poderão disputar os
cargos das eleições deste ano.
Ao ser feito o pedido de registro de candidatura, cabe à Justiça
Eleitoral analisar os documentos apresentados pelos candidatos,
deferindo ou não sua solicitação. A decisão dos tribunais regionais
eleitorais sobre um mesmo candidato pode mudar de uma eleição para
outra, já que um deferimento ou indeferimento só vale para o momento em
que foi pedido, levando em conta as decisões em processos em que os
candidatos são réus. Assim, a lista de inelegíveis deste ano trará
novidades, de acordo com novas análises do TRE-MG.
Como, a princípio, a Lei Ficha Limpa valeria nas eleições passadas, o
TRE-MG chegou a barrar a candidatura de 20 políticos em Minas. O caso
foi parar na Justiça, com a alegação de alguns candidatos de que a norma
feria o princípio da anterioridade às eleições. Pelo direito eleitoral,
uma regra que altere normas eleitorais só pode ser aplicada caso seja
sancionada pelo menos um ano antes dos pleitos. A Ficha Limpa foi
sancionada pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2010,
mesmo ano das últimas eleições. Com a decisão, vários votos foram
recontados, abrindo brecha para, por exemplo, Pinduca assumir uma
cadeira na Assembleia Legislativa de Minas.
Fonte: Jornal do Estado
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