terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Preço do álcool ainda não está vantajoso em Machado


 


Enquanto, em 2009, o total de vendas de álcool em Minas era equivalente a 40% do total que era comercializado de gasolina, no ano passado o comparativo caiu para apenas 13,9%, segundo dados da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Bicombustíveis (ANP).

Comparados os 11 primeiros meses de 2011 com 2010, a redução da venda de etanol hidratado no estado é de 32,24%, de 763.663 litros para 517.516 litros. Em contrapartida, no mesmo período, o volume de vendas de gasolina subiu 12,15%, passando de 3,3 milhões de litros para 3,7 milhões de litros no ano passado.

Desde setembro de 2010, segundo a pesquisa semanal de preços da ANP, obedecendo à regra do 70% (o litro do etanol tem que valer até 70% do preço da gasolina para ser mais vantajoso), vale mais a pena abastecer com o derivado de petróleo nos postos de Minas. Nem mesmo a redução de três pontos percentuais da alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre o álcool, válida a partir de 1º de janeiro, fez o combustível compensar. A proporção desse mês é de 78,26% – a mais alta desde maio do ano passado.

O presidente da Associação das Indústrias Sucroenergéticas de Minas Gerais (Siamig), Luiz Custódio Cotta Martins, vislumbra que a medida do governo estadual pode tornar o produto renovável atrativo em um período do ano, mas ainda é necessário  investir no setor para que os preços sejam mantidos num patamar interessante e, com isso, volte a alavancar as vendas de etanol. “A safra deste ano deve viabilizar. Mas é deve. Vamos ver o mercado, depende do ano agrícola”, afirma Martins, reiterando que só será possível a confirmação em meados de abril, quando tem início a safra da cana.

Redução

Nessa segunda-feira, seguindo exemplo do que tem ocorrido no interior paulista, os usineiros abaixaram em mais R$ 0,05 o valor do litro do etanol vendido para as distribuidoras. Com isso, desde o início do ano, o produto sofreu redução de R$ 0,12, passando de R$ 1,27 para R$ 1,15. No entanto, até a semana passada, as distribuidoras absorveram uma parte desse valor, o que significou redução inferior a R$ 0,01 em cada litro para o consumidor desde o início do ano.

Com os atuais valores dos dois combustíveis em Machado, o consumidor que ainda assim escolhe abastecer com etanol gasta, em média, R$ 0,22 a mais a cada litro. Se mantido o valor da gasolina – R$ 2,87 –, para ser vantajoso usar o álcool o valor indicado seria de R$ 2,009. Mas, atualmente, o valor é de R$ 2,23.

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