segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Faculdades de Minas tem vagas diminuidas pelo MEC

As faculdades de Medicina da Univás e de Itajubá são duas das 9 instituições mineiras que terão a oferta de vagas reduzida para 2012 como consequência do resultado do Enade, Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes. Em todo o país, 514 vagas serão suspensas em 16 instituições de ensino superior particulares que lecionam medicina. Essas instituições obtiveram avaliação 1 ou 2, numa escala de 0 a 5, o que é considerado pelo Ministério da Educação (MEC) como insuficiente. A decisão do MEC foi tomada depois da divulgação dos resultados do Enade na última quinta-feira (17).

Segundo o MEC, a Universidade do Vale do Sapucaí terá que cortar 30 das 70 vagas que seriam ofertadas no curso de Medicina em 2012, isso porque o curso obteve 1,05 no último Enade e índice 2. Também classificada com índice 2 pelo MEC, a Faculdade de Medicina de Itajubá, que obteve nota 1,47 no Enade, poderá abrir apenas 60 vagas em 2012, 40 a menos que neste ano.

Minas concentra 254 vagas fechadas. Foram punidas também instituições de São Paulo, do Rio de Janeiro, Rondônia, Maranhão, Mato Grosso e Tocantins. Até o fim do ano, o MEC ameaça cancelar mais de 50 mil vagas em graduações nas áreas de saúde, ciências contábeis e administração, que tiraram menos de 2 pontos em avaliações oficiais aplicadas nos dois últimos anos.
 
A punição para os cursos de medicina é válida a partir do ano que vem e as instituições são obrigadas a reduzir vagas nos vestibulares. A suspensão, publicada na sexta-feira (18) no Diário Oficial da União, faz parte das medidas cautelares para graduações que receberam nota menor que 2 no Conceito Preliminar de Curso (CPC), cuja nota máxima é 5. Esse indicador é uma referência de qualidade que leva em conta o rendimento dos alunos no Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) e variáveis como a titulação dos professores, a infraestrutura da instituição e os recursos didático-pedagógicos para aprendizagem. O entendimento do Ministério da Educação é de que os cursos com nota menor que 2 no CPC não têm estrutura para receber o número de alunos que estava autorizado anteriormente. Caso as exigências de qualidade não sejam atendidas, poderá ser aberto processo administrativo para fechamento dos cursos.
 
A punição ainda atinge a autonomia das instituições de ensino, que ficam temporariamente impedidas de fazer alterações no processo de regulação dos cursos. As instituições ainda podem recorrer e, a partir da notificação, têm 30 dias para informar o MEC sobre as providências que serão tomadas.

Confira as demais faculdades de Medicina de Minas Gerais que tiveram vagas cortadas pelo MEC: Universidade José do Rosário Vellano - Belo Horizonte, Instituto Metropolitano de Ensino Superior (IMES), Faculdade De Medicina de Barbacena, Faculdade da Saúde e Ecologia Humana, Universidade Presidente Antônio Carlos - Juiz De Fora, Universidade Vale Do Rio Verde (Unincor) e Universidade Presidente Antônio Carlos – Araguari.
 
Fonte: Jornal do Estado

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