quarta-feira, 23 de novembro de 2011

População carcerária no Brasil aumentou 111% em dez anos



De 2000 a 2009, o número de detentos condenados no sistema penitenciário brasileiro aumentou 111%, passando de 151.980 para 321.014. A informação é um dos recortes apresentados na 5ª Edição do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado na tarde desta quarta-feira (23), na 2ª Conferência do Desenvolvimento (Code) do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), em Brasília.



Considerado a principal fonte estatística sobre segurança pública no país, o documento reúne dados sobre gastos da União e Estados na área, violência, efetivo policial, entre outros. Ele foi elaborado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, em parceria com a Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), do Ministério da Justiça.



Uma das informações que chamam a atenção é sobre a evolução da população carcerária no Brasil ao longo do tempo. Em 1938, o contingente de presos condenados era de 3.866. Este número foi inchando e, no início dos anos 80, atingiu a marca de 37.572. Cerca de uma década depois, em 1995, saltou para 86.739. Entre o primeiro ano de referência e 2009, foram 318.158 a mais.
Como já é sabido, homens sempre foram a maioria no sistema penitenciário, mas o ingresso de mulheres tem aumentado progressivamente. Em 2009, a população masculina encarcerada era de 392.820, passando para 417.517, no ano seguinte. Já a parcela feminina pulou de 24.292 para 28.188, entre 2009 e 2010.
São Paulo é o Estado com maior número de presos: foram contabilizados 163.676 no ano passado. Já na avaliação da razão entre o número de detentos e de vagas no sistema carcerário, Pernambuco se destaca, aparecendo com a pior proporção em 2010: 2,4, seguido por Alagoas, com 2,3. Roraima, que em 2009 apresentou razão de 3,1, no ano seguinte passou para 1,8 preso por vaga.

Fonte: Terra Magazine

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