domingo, 20 de novembro de 2011

Pesquisa diz que gentileza é genética

Pessoas dotadas de um certo traço genético são mais gentis e carinhosas do que as demais e essa característica pode ser rapidamente identificada por estranhos, revelou um estudo da Universidade de Toronto, no Canadá. Essa variação é relacionada com a oxitocina, gene receptor também conhecido como "hormônio do amor" porque costuma se manifestar nas relações sexuais e incita comportamentos sociais como união e empatia. O estudo foi publicado na revista "Proceedings of the National Academy of Sciences".

Os cientistas desenvolveram um experimento no qual 23 casais, cujos traços genéticos eram conhecidos dos pesquisadores, mas não dos observadores, foram filmados. Pediu-se a um dos membros do casal que contasse ao outro sobre um período de sofrimento de sua vida. Os observadores deviam observar o ouvinte por 20 segundos, com o som desligado. Na maior parte dos casos, os observadores conseguiram identificar quais ouvintes tinham o "gene da gentileza" e quais não. "Até mesmo a variação genética mais sutil pode ter impacto tangível no comportamento das pessoas e essas diferenças comportamentais são rapidamente notadas pelos demais", explicou o autor do estudo, Aleksandr Kogan.
Os participantes da pesquisa foram testados e identificados como detentores dos genótipos GG, AG ou AA para a sequência de DNA do gene receptor de oxitocina. As pessoas com duas cópias do alelo G foram geralmente consideradas mais empáticas, confiáveis e amorosas. As dotadas dos genótipos AG ou AA tenderam a dizer que se sentiam menos confiantes de modo geral. Pesquisas anteriores demonstraram que esses indivíduos também apresentavam um risco mais elevado para desenvolver autismo.

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