Poços de Caldas - Família de psicóloga faz protesto por mudanças na lei de trânsito;

Eles querem mudança na lei que trata crimes de trânsito como se autor não tivesse intenção de matar..

Uma manifestação promovida pela família de uma psicóloga que morreu atropelada em Poços de Caldas pediu mudanças no Código de Trânsito Brasileiro neste domingo (2). Os familiares da psicóloga fizeram um abaixo-assinado protestando contra a forma como esse tipo de acidente é enquadrado atualmente pela lei. Para eles, o atropelamento não deveria ser culposo, aquele em que o autor não teve a intenção de matar.
Cíntia Amélia de Souza, de 26 anos, morreu no dia 8 de setembro depois de ser atropelada por um motorista na Avenida Wenceslau Braz. No momento do acidente, ela caminhava ao lado do noivo. Um alambrado chegou a ser arrancado com o impacto e o carro ficou destruído. Segundo a polícia, o motorista Guilherme Augusto Freire, que não tinha carteira de habilitação, estaria participando de um racha.
O objetivo da manifestação foi colher assinaturas para que crimes de trânsito cometidos por pessoas embriagadas, em excesso de velocidade ou fazendo rachas no trânsito, deixem de ser considerados culposos pela Justiça para serem dolosos, quando há intenção de matar. Além da manifestação, foi feita uma carreata e uma passeata pelas ruas de Poços de Caldas. Durante o protesto foram recolhidas mais de 2,2 mil assinaturas. Dois pontos comerciais de Poços de Caldas ainda estão recebendo assinaturas no Centro da cidade. Elas serão enviadas para o Movimento Nacional de Educação e Humanização do Trânsito em Defesa da Vida, criado em 2009, em Ipatinga, no Vale do Aço, em Minas Gerais.
Segundo a Assessoria da Câmara dos Deputados, para se dar entrada de projeto de iniciativa popular, são necessárias assinaturas de 1% do eleitorado nacional, coletadas em pelo menos cinco estados. Por isso, o movimento tenta conseguir mais de 1,3 milhão de assinaturas.