quarta-feira, 1 de junho de 2011

Tragédia BANDEIRA DO SUL - Famílias, não concordam com INQUÉRITO!

Familiares das vítimas que morreram no acidente com o trio elétrico no Pré-carnaval de Bandeira do Sul, no Sul de Minas, em fevereiro deste ano, ficaram indignados com o resultado do inquérito da Polícia Civil que investigou as causas do acidente.

A investigação não apontou nenhum responsável pelo acidente que matou 16 pessoas e deixou 55 feridas.

O advogado de 13 famílias, Edilberto Acácio da Silva, disse que é inaceitável um laudo onde 16 pessoas morreram não ter responsáveis.
O advogado entrou com uma ação contra a Cemig. Ele acredita que a empresa tenha responsabilidade no caso.
Segundo o delegado responsável pelo inquérito, a eletrificação em Bandeira do Sul é do tipo rural, por isso não teria condições de atender à demanda do município. Nos três meses de inevstigações, a polícia concluiu que em um intervalo de dois segundos, quando os cabos estavam energizados, que os foliões foram mortos. Ainda conforme a polícia, o sistema de proteção da rede de energia só preserva o sistema elétrico. Ele só foi acionado quando ocorreu o chamado curto efetivo.
No relatório, a Polícia Civil ainda informou que a prefeitura do município alegou ter solicitado assistência à Cemig, antes da festa, através de dois emails. No entanto, a prefeitura não tinha o auto de vistoria do Corpo de Bombeiros, nem o processo de segurança contra incêndio. Porém, segundo o delegado Hernani Vaz, mesmo se houvesse o plano de segurança, a tragédia não teria sido evitada.
Em análise criminal, a Cemig ficou isenta de culpa.
Na conclusão do inquérito, ainda consta que alguns tubos de serpentina metalizada foram comprados pela prefeitura para a festa. Nele também consta que algumas, das mais de 50 pessoas que ficaram feridas, disseram que um rapaz de Bandeira do Sul teria jogado a serpentina metalizada na rede elétrica. Mas para o delegado, ele não é culpado devido à falta de previsibilidade.
O prefeito de Bandeira do Sul, José dos Santos, conhecido como "Zé Capituva", está em viagem a Brasília. Por telefone, ele informou que recebeu com tranquilidade o resultado do inquérito, que não apontou culpados sobre o acidente. Ele disse que a prefeitura não poderia ser responsabilizada pela tragédia. Disse ainda que vai aguardar agora a posição do Ministério Público sobre o caso. Já o promotor Glaucir Antunes Modesto disse que vai estar em Campestre na próxima quinta-feira (2) e só então terá acesso à documentação.
O promotor disse ainda que pode solicitar novas diligências, ou seja, mais investigações por parte da polícia. Ele pode também concluir que alguma parte envolvida deva ser indiciada criminalmente ou pode arquivar o caso.
O Sindicato dos Eletricitários de Minas Gerais (Sindieletro) informou que o acidente é consequência da má conservação de toda a rede elétrica da cidade. Para o diretor Jairo Nogueira Filho, o fato de ser uma rede elétrica rural tem influência. Outro problema segundo ele, é que a rede é muito antiga, com cerca de 40 anos de uso. A Cemig informou que só vai se pronunciar sobre a conclusão do inquérito depois que a empresa tiver acesso às conclusões do laudo do acidente.
A adolescente Karolini Alves Franco, de 14 anos, é a única vítima que ainda está internada na Santa Casa de Poços de Caldas. Ela está na ala pediátrica do hospital. Karolini apresentou pequena lesão provocada por queimaduras, ferimento que já está controlado. Não há previsão de alta. 

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